Laércio sobre final no Maracanã: “Sentimento inexplicável”
VoltarSe você um dia sonhou em ser jogador de futebol, é quase impossível não ter se imaginado disputado uma final de campeonato no Maracanã, o estádio mais icônico do futebol brasileiro e um dos mais imponentes palcos do futebol mundial. Pois o zagueiro Laércio, de 27 anos e que começou a temporada no Caxias, terá a chance de viver este sonho com o Santos – contra o Palmeiras, no próximo sábado. É a grande final da Libertadores, em jogo único.
“É um sentimento inexplicável chegar a uma final de Libertadores. Talvez a ficha caia ao passar do tempo. Quando olhar para trás e relembrar. Hoje vivemos um momento muito bom, mas temos uma grande responsabilidade em um jogo. Temos de ter equilíbrio”, comentou o defensor.
O zagueiro vem tendo mais chances de atuar no Campeonato Brasileiro, em que o Peixe optou por preservar os titulares em boa parte das ocasiões. Algo compreensível, conforme Laércio. “O Cuca entendeu que seria melhor evitar riscos e dar o máximo de descanso a quem vem jogando por mais tempo. Não deixamos de lado. Fomos com nosso grupo e não tivemos êxito nos últimos jogos. A pressão existe e é a mesma sendo Libertadores ou Brasileiro”, enfatizou.
Na última terça, após perder para o Atlético-MG no Mineirão, o técnico Cuca foi flagrado ajoelhado rezando no gramado do estádio mineiro. Foi lá que o treinador ganhou a Libertadores de 2013. Em busca do bi, a fé e a calma são “trunfos” que o técnico tenta passar ao elenco: “A tranquilidade que ele tenta nos passar é de que será um jogo, 11 contra 11, sem diferenças em campo. O que é diferente é extracampo: o contexto, o que engloba este jogo, nosso dia a dia ao redor do campo”, explica o zagueiro ex-Caxias.
Para o duelo deste sábado, às 17h, o adversário será o time de melhor campanha na fase de grupos e que chegou à decisão com susto – afinal, por pouco não foi para os pênaltis contra o River Plate. Apesar disso, respeito máximo e sabedoria do equilíbrio do confronto, segundo Laércio: “Vão ser duelos táticos e individuais que decidirão o jogo. Quem errar menos sairá vencedor. A estratégia para parar o Palmeiras é estudar os pontos fortes e fracos”.
Será a segunda temporada consecutiva em que a Libertadores é definida em jogo único. Em 2019, o Flamengo virou e ganhou do River Plate graças a dois gols de Gabigol nos minutos finais, em Lima, no Peru. E ser jogo único aumenta a responsabilidade de atenção máxima, segundo o jogador santista. “Não há como recuperar em um segundo jogo se ocorrer algo que não esperamos. Temos de entrar atentos aos detalhes, jogar uma partida equilibrada, tanto em ataque quanto defesa, e acreditar em nosso poder de decisão para que possamos ficar com o título”, finaliza.